No mundo quis o Tempo que se achasse
Luís de Camões
No mundo quis o Tempo que se achasse
O bem que por acerto ou sorte vinha;
E, por exprimentar que dita tinha,
Quis que a Fortuna em mim se exprimentasse.
Mas por que meu destino me mostrasse
Que nem ter esperanças me convinha,
Nunca nesta tão longa vida minha
Cousa me deixou ver que desejasse.
Mudando andei costume, terra e estado,
Por ver se se mudava a sorte dura;
A vida pus nas mãos de um leve lenho.
Mas, segundo o que o Céu me tem mostrado,
Já sei que deste meu buscar ventura
Achado tenho já que não a tenho.
Camões é meu poeta preferido! Não sei se você sabe disso... Primeiro, porque ele é português - fala lietarmente a nossa língua; segundo porque ele é barroco; terceiro porque fala de amor.
Amor? Que sentimento é esse que me faz ser:
a melhor e a pior pessoa do mundo...
a mais egoísta e a mais generosa...
a mais feliz e infeliz...
Amor - que merda é essa que me faz oscilar da razão para emoção tão rápido que fico perdida entre a ação e o pensamento... Ajo sem pensar, penso sem agir - perfeito o trocadilho!
Voltando a poesia...
Palavras Chaves: tempo, sorte, acerto, esperança, desejo, destino, esperança, mudança, vida, céu e perda...
Estilo de época: Barrroco
Tema: Amor
Estilo, Tema e Palvras Chaves do meu momento atual. Dualidade entre a minha consiciência e a minha reputação. Antítese entre o razão e a emoção... Socorro: estou perdidamente apaixonada!
Paixão cercada de todas as impossibilidades.
Passageiras?
Talvez sim!
Talvez não!
As vezes, como o poeta, passamos a agir de tal forma para que o tempo (o nosso tempo) se achasse pelo mundo, traduzindo: o mundo dá voltas e o destino vai nos colocar frente a frente num momento mais tranquilo. É o que ambos desejamos mas tememos, pois, sabemos que isso é tão improvável. A vida acontece, como dizem por ai (e eu detesto), a fila anda... E, sabemos que anda mesmo! Promessas de amor eterno, amor futuro são tão vagos...
0 comentários: