Opção, s.f. ação ou faculdade de optar; livre escolha. // Direito de opção , a faculdade concedida por lei de preferir uma de duas ou mais coisas, um de dois ou mais direitos. // F. Lat. Optio
Dicionário Caldas Aulete
Um Opção... Duas Opções... Várias Opções!
Na teoria, opção é uma palavra que exprime o pleno exercício da liberdade, do direito e da legalidade da escolha. Na prática não é bem assim. Poucas vezes fazemos as opções nas nossas vidas respeitando apenas a nossa liberdade e o nosso direito de escolha. Na maior parte das vezes, estamos optando apenas pela comodidade, pelo reconhecimento, pelo medo do desconhecido... Palavras que passam bem longe do ideal de liberdade!
Fazendo a opção pelo conjunto e não pelo unitário.
O que é isso?
Bem...
Vou dar um exemplo, ok?
Um jovem de 18 anos está fazendo sua inscrição para o Vestibular. Abrindo o Edital, ele encontra milhares de opções de cursos: Arquitetura, Publicidade, Fisioterapia, Engenharia, Jornalismo, Medicina, Psicologia, Filosofia, etc, etc, etc... Sendo ele inteligente e bom aluno qualquer uma das opções é válida! Após pensar muito, ele fica indeciso entre Medicina e Filosofia... Responda rápido: se fosse você, por qual você optaria??? 99% deve ter respondido: MEDICINA, CLARO! Se você respondeu FILOSOFIA, me mande um e-mail que eu quero te conhecer (hehehe)! E, provavelmente, assim será... O jovem entrará para a Universidade de Medicina. É ou não é? Mas por quê? Ele gosta mais de ser médico do que filósofo? Ele nem se quer se permitirá descobrir do que ele gosta mais... Medicina é uma carreira intelectualmente reconhecida, financeiramente bem remunerada e socialmente valorizada... Filosofia é sem dúvida nenhuma uma carreira que exige muito mais eruditismo, mas não dá reconhecimento, não dá dinheiro, não dá status. Ou seja, o jovem não fez a opção pelo unitário (realização profissional), ele fez a opção pelo conjunto (reconhecimento profissional).
Engraçado como de um tempo pra cá eu passei a enxergar o mundo de uma forma totalmente diferente. Até mesmo aceitando que as pessoas têm o direito de fazer uma "opção errada" e EU NÃO TENHO O DIREITO DE JULGA-LAS. Assim como tenho direito de fazer as minhas opções e ninguém tem o direito de me julgar: hoje em dia, eu nem permito isso mais. Por quê? Porque de uns tempos pra cá eu deixei de fazer as minhas opções APÓS a opção de terceiros. A minha opção de vida hoje, de forma geral, é pelo unitário e o unitário sou EU. Não foi sempre assim! Passei a vida inteira optando pelo conjunto. O que ganhei com isso? No fundo nada! Apenas uma confusão existencial danada sem saber direito o que eu sou em todos os pontos de vistas. A opção pelo conjunto gera muita frustração: você se sacrifica e se não é reconhecido você sofre. O caminho para o Inferno é esse mesmo... Continue em frente! Eu enxerguei isso. E, é o tipo da coisa que não adianta você ensinar, você tem que viver e aprender a enxergar. O caminho até aqui fez escala no Inferno e pra lá, eu nunca mais quero voltar...
As vezes, não exergamos as opções...
As vezes, enxergamos apenas duas opções.
Mas NÃO! Há múltiplas escolhas na vida porque a vida é dinâmica demais.
Opte pelo unitário e seja uma unidade. Não se despedace!!!
Uma pessoa a quem amo terá que fazer uma OPÇÃO dificil! Talvez já tenha até feito: eu ainda não sei... A vida é assim: em determinadas horas te exige uma opção. Por isso, escrevi sobre esse tema... Provavelmente ele fará a opção pelo conjunto e não pelo unitário. Sinto muito por isso! Sinto por mim mesma, pois esta opção me excluirá da vida dele. Mas, sinto muito mais por ele, pois esta opção o deixará completamente sem opções diante da vida. Tenho esperanças que ele compreenda isso não por mim (ou só por mim), mas, principalmente por ele. Hoje, as minha opções não dependem mais das opções dele, e talvez por isso eu esteja compreendendo que a dor da separação é inevitável, o sofrimento pela frustração é opcional.
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