Libertas quae sera tamen
5:43 AM | Author: CD_Brasil

Liberdade ainda que tardia!

Se sou mineira? Claro!!! Mineira sim e com um tremendo orgulho!

Liberdade – que palavra é essa?
Liberdade – que ideal é esse?
Liberdade – que atitude é essa?


Muito se fala em liberdade, pouco se sabe sobre ela: a verdade é essa. Teoricamente, eu nasci livre, mas, na prática, até hoje, eu não sei o que significa ser livre. Acabo de dar o primeiro passo rumo à liberdade. Chegar até aqui não foi fácil! Há algum tempo, eu paralisei diante da vida. No começo, deixei a vida me levar: seguindo os caminhos pré-determinados, os politicamente corretos... Mas, eu pouco ou nada consegui. Chegou a hora de romper!

Diante disso, eu tomei uma decisão: em poucos meses, estarei literalmente embarcando na maior aventura da minha vida. Muitas pessoas já experimentaram essa aventura. Não se trata de nenhuma grande novidade. Não é absolutamente original. Mas, sinto-me pioneira. Diante da minha NOVIDADE, a reação das pessoas virou uma espécie de comédia: estou me divertindo com elas!

Uns se vêem traídos... E, veladamente, me ameaçam...
Outros desdenham... Acham que eu não vou ganhar grande coisa!
Alguns ignoram... Acreditam que seja apenas mais um ato de impulsivo.
A maioria me enche de perguntas: Pra onde? Quando? Como? Por quê?

E, para a maioria, eu respondo: embaraço para Valência (Espanha), em setembro de 2006, para fazer não sei o que ainda e porque eu preciso saber o que é a LIBERDADE.

O ideal de morar do exterior não é novo. Já planejei (ou planejaram para mim) viver em Oxford, em Paris, em Lisboa, em Florença, em Nova York, em Milão... Objetivo? Talvez, apenas cumprir a “missão” idealizada, elitista e intelectual de completar “os estudos” do Primeiro Mundo. No entanto, a mocinha de família pertencente a uma elite em decadência morreu. No lugar dela, nasce uma mulher que está desafiando a si mesma e buscando a sua liberdade. No próximo ano, eu completo 30 anos de idade. Na prática, ser uma balzaquiana não é nada demais, nada extra, nenhuma vergonha, mas, de toda forma, é um marco. Eu nunca imaginei chegar a essa idade ainda solteira, ainda morando com os pais e ainda dependente (financeiramente e emocionalmente). Não é incomum... Mas quem disse que eu sou comum? Vejo nas já balzaquianas da mesma classe, uma frustração danada de triste. Definitivamente, não quero me enquadrar neste estereotipo. Pela primeira vez na vida, estou me jogando numa aventura: embarcando para um destino definido (lugar) e ao mesmo tempo indefinido (sorte). Apostando TODAS as minhas fichas numa verdadeira roleta russa. Sei que até posso vencer, sei que é o mais provável é perder, mas, se eu não apostar eu nunca vou saber. E a vida não é um risco???


O que me levou a esta decisão?

Não é apenas o fato de estar me tornando a filha velha...

Não é apenas o fato de eu estar decepcionada e desiludida com a minha vida amorosa...

Não é apenas o fato de eu estar frustrada profissionalmente...
Tudo isso tem muito peso sim, não vou (nem quero) negar. Mas, a viagem não é uma fuga e, sim, uma busca. Antes de tomar a decisão e começar a agir, eu estava com muito medo. E quando questionada sobre "Medo de que?", eu não sabia verbalizar. Hoje, eu já sei: era medo de ser livre! A partir de agora, passo a ser a única responsável pelos meus acertos e desacertos e, perco o direito de responsabilizar à terceiros. Eu estou escolhendo sozinha e isso gera um medo enorme.
Libertas quae sera tamem!
(Liberdade ainda que tardia)
Sendo mineira (hoje e sempre) seria impossível fugir deste lema.
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1 comentários:

On 9:30 PM , Anônimo disse...

Vai, amiguinha!!! Seja livre, arrisque, se entregue, viaje, descubra, tente, ouse...
Você tem tudo pra vencer lá... (ou em qualquer lugar do mundo!!!).

Basta querer, botar TODAS as suas forças, e o resto o universo se encarrega de fazer...

Nós ficamos aqui, com saudades, mas torcendo muito por você!!!

Beijo grande... (e até que enfim começou a agitar esse blog!!!)